sábado, 15 de fevereiro de 2014

Eduardo Campos responsabiliza governo Dilma Rousseff pela interrupção do ciclo de crescimento







Foto: Robson Gonçalves
Eduardo Campos responsabiliza governo Dilma Rousseff pela interrupção do ciclo de crescimento
Pré-candidato destacou importância do PPS na aliança rumo ao Planalto

Por: Assessoria PPS 

Ao participar da abertura da reunião do Diretório Nacional do PPS, nesta sexta-feira, em Brasília, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), criticou a condução da política econômica do governo do PT e disse que o realinhamento de pepessistas, socialistas e os militantes da Rede Sustentabilidade em torno de sua pré-candidatura à Presidência da República é um “momento histórico”. Segundo ele, esse campo político tem grande responsabilidade com as conquistas recentes alcançadas pela sociedade brasileira, e responsabilizou o governo Dilma Rousseff pela interrupção do ciclo de crescimento econômico.


“Nestes últimos 30 anos, o Brasil viveu três ciclos muitos importantes, quando fizemos a transição da ditadura para a construção democrática, todo o processo que permitiu refundar a economia e, na sequência, fazendo uso da democracia, da estabilidade econômica,  vivemos um tempo de expansão e conquistas sociais. E em todos esses momentos nosso campo político esteve presente”, assinalou.

Segundo Campos, a caminhada histórica desse campo político sempre esteve alinhada com as conquistas da população e a valores comuns a comunistas, socialistas e trabalhistas. “Esses valores da nossa formação política hoje são estratégicos para inaugurarmos um novo ciclo político no país num momento muito importante, quando ainda sentimos sobre a economia global os efeitos da maior crise do capitalismo, que teve um repique no início do ano passado e se fez mais presente na vida brasileira”, disse, ao referir-se ao baixo desempenho da economia brasileira.

Ele observou que o fim do ciclo de crescimento afetou as conquista sociais e que não houve avanços nos quatro anos do governo Dilma Rousseff. “Nós percebemos que nada se altera desde 2011, uma sensação de que nós estamos colocando em risco as conquista que produzimos nos últimos 30 anos”, afirmou Eduardo Campos.

O governador agradeceu o apoio do PPS a sua pré-candidatura e disse que estava feliz com o reencontro com o partido para a disputa eleitoral de outubro. “A chegada do PPS é importante do ponto de vista político para construirmos, com a sua tradição política, alianças em torno de ideias e propostas dentro do campo da esquerda brasileira”, disse.

Campos observou ainda que o atual cenário político-econômico requer uma nova visão sobre o futuro do Brasil, preservando “as conquistas de ontem” para melhorar “qualidade da política e da democracia” com o objetivo de “recolocar o país no rumo do crescimento sustentável”.

Pauta

O pré-candidato disse que não é propriamente a pauta eleitoral que está em discussão “na cabeça do povo brasileiro, mas como o país vai mudar para voltar a crescer, conter a inflação e resolver o déficit da balança comercial".

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

25/01/2014


Segurança pública é tema de encontro entre Freire e membros de sindicato da PF






Presidente do PPS se compromete a levar propostas aos fóruns de formulação do programa de governo de Eduardo Campos e sugere seminário em conjunto com PSB e Rede
O deputado federal Roberto Freire (SP), presidente nacional do PPS, recebeu nesta sexta-feira (24), em seu escritório político na capital paulista, representantes do Sindicato dos Servidores Públicos Civis Federais da Polícia Federal de São Paulo (SINDPOLF-SP). A conversa girou em torno de propostas para a segurança pública, um dos mais dramáticos problemas enfrentados pelos brasileiros.

Segundo o 7º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o país registrou 50.108 homicídios em 2012, com elevação de 7,6% em relação ao ano anterior e uma taxa de 25,8 mortes violentas por 100 mil habitantes.

Freire debateu propostas para a área da segurança com Alexandre Santana Sally, agente da PF e presidente do sindicato, e Marco Antonio Oliveira Costa, representante sindical. Os policiais apoiam a Proposta de Emenda à Constituição 51/2013 (PEC-51) que defende mudanças estruturais no modelo policial brasileiro.

“A questão da segurança pública será um tema muito debatido no processo eleitoral. É uma das questões que mais aflige a população brasileira”, afirmou o deputado.

O parlamentar se comprometeu a levar esse debate aos fóruns de discussão que ajudarão a formular o programa de governo do pré-candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, que já conta com indicativo de apoio do PPS para 2014. Uma das ideias de Freire é a realização de um seminário organizado de forma conjunta por PPS, PSB e Rede cujo tema central seja a segurança pública.

“Transformar essas discussões em um debate significativo para o programa de governo [de Campos] vai ser de grande importância para todos nós”, completou Freire. O presidente do PPS disse que conversará com os representantes da Fundação Astrogildo Pereira (FAP), entidade que incentiva estudos e é ligada ao partido, para que seja aberto um canal direto com a Fundação João Mangabeira, do PSB.

Roberto Freire: Chegou a hora de recolocar o Brasil nos trilhos




Por: Roberto Freire no Brasil Econômico 

Um dia depois de um deputado petista cerrar os punhos em solidariedade aos mensaleiros condenados pelo Supremo Tribunal Federal, um novo caminho para o Brasil começou a ser trilhado a partir do lançamento das diretrizes do programa de governo de Eduardo Campos. Ao lado de Marina Silva, o pré-candidato do PSB à Presidência apresentou os eixos centrais de um novo projeto de desenvolvimento, ao qual o PPS se associa. Após 11 anos de governos lulodilmistas, os sinais de que o país “saiu dos trilhos”, como afirmou Campos, são variados.

O rombo nas contas públicas, a gestão temerária que levou à desmoralização da Petrobras, a desindustrialização acelerada, a escalada inflacionária, o loteamento da máquina pública, o desmantelo na área da saúde e o desastre na educação são alguns dos exemplos mais latentes. As jornadas de junho de 2013, quando o povo brasileiro tomou as ruas pelo fim da corrupção e por transporte, saúde e educação de qualidade, foram o estopim de uma insatisfação generalizada. Enquanto a propaganda oficial cria um mundo de fantasia, o Brasil realconvive com graves problemas cotidianos que parecem não repercutir nos gabinetes do Planalto.

A agenda apresentada por Campos trata, entre outros pontos, de desburocratização do Estado, reforma política, recuperação da indústria, investimentos em tecnologia, fortalecimento do Sistema Único de Saúde, educação de qualidade, reforma urbana e aperfeiçoamento dos órgãos de segurança. A essas diretrizes, serão incorporadas as propostas apresentadas pelo PPS, em conjunto com toda a sociedade, que participará ativamente da construção do programa de governo.

O alinhamento das forças democráticas de esquerda representa um reencontro histórico entre os socialistas e o PPS, herdeiro do Partido Comunista Brasileiro (PCB). Desde a origem do PSB, com a redemocratização pós-Estado Novo, a aliança com os comunistas se inscreveu em páginas marcantes da vida política brasileira. Em Pernambuco, um dos estados mais avançados do país na luta democrática daquele período, essa união levou ao surgimento da Frente do Recife, movimento que elegeu Pelópidas da Silveira prefeito da capital, em 1955, e Miguel Arraes governador do estado, em 1962. 

Após o golpe de 1964, os dois partidos se integraram às trincheiras do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), em oposição à ditadura militar. Essa parceria também se fez presente na eleição de Tancredo Neves pelo Colégio Eleitoral, na Constituinte, no impeachment de Fernando Collor e na participação no governo de Itamar Franco. Em 2002, apoiamos a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno da eleição presidencial, mas o PPS se sentiu fraudado e rompeu com o governo em 2004. Recentemente, o PSB deixou a gestão de Dilma Rousseff e optou por construir um novo caminho para o país.

Não é cerrando punhos em defesa da corrupção, o que enxovalha um digno gestual das esquerdas em todo o mundo, muito menos aviltando as instituições ou loteando cargos em nome de interesses eleitorais, que o Brasil sairá do atoleiro em que se encontra. Um novo país só emergirá coma retomada do crescimento, o respeito ao meio ambiente e o resgate da ética como valor fundamental na vida pública. Ao lado de Eduardo Campos e Marina Silva, o PPS trabalha para que a nação volte aos trilhos do desenvolvimento econômico, social e político.

Deputado federal por São Paulo e presidente nacional do PPS

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